Introdução

O leite é um alimento essencial em nossas vidas, reconhecido tanto por seu valor nutricional e benefícios à saúde quanto por sua versatilidade como ingrediente e matéria-prima para uma ampla gama de derivados, como queijos, iogurtes e sorvetes. Composta por cerca de 87-88% de água e 12-13% de sólidos, a composição do leite varia de acordo com a estação, a alimentação do gado, a raça e outros fatores. Os sólidos do leite incluem proteínas, das quais cerca de 3,3% são caseínas e proteínas do soro. As caseínas, por sua vez, representam 80% das proteínas do leite e se dividem em frações, incluindo αs1-caseína, αs2-caseína, β-caseína e κ-caseína. As proteínas do soro constituem cerca de 20% das proteínas totais, sendo subdivididas em β-lactoglobulina, α-lactoalbumina, soro albumina, imunoglobulinas e lactoferrina. Essas frações de caseína são fundamentais para entender o que torna o leite A2 único.

O Que é o Leite A2?

O leite A2 é caracterizado pela presença exclusiva da β-caseína A2. A β-caseína é uma proteína com 209 aminoácidos, com variações notáveis no aminoácido 67: a A1 apresenta histidina nessa posição, enquanto a A2 tem prolina, como ilustrado na figura abaixo:

 

Exemplo da diferença entre os β-caseína A1 e β-caseína A2. Adaptado do MilkPoint- ß-caseína: estrutura, potencial tecnológico e leite A2.

Essa diferença no aminoácido 67 é resultado de variações genéticas e teve um grande impacto, sendo uma das causas de reações desconfortáveis que alguns consumidores experimentam ao ingerir leite e seus derivados. Alguns indivíduos podem sofrer problemas gastrointestinais e reações alérgicas ao consumir leite A1 devido à liberação de um peptídeo de 7 aminoácidos chamado BCM-7 (Beta Casomorfina 7) pela histidina quando interage com enzimas digestivas na posição 67. O leite A2, por sua vez, contendo prolina nessa posição, não resulta na liberação de BCM-7. Portanto, consumidores sensíveis a esse peptídeo podem experimentar uma melhor digestão ao optar pelo leite A2. No entanto, é importante ressaltar que o leite A2 não é apropriado para todas as pessoas alérgicas à proteína do leite, mas sim para aquelas que têm alergia especificamente à fração proteica β-caseína A1. Além disso, os níveis de lactose permanecem inalterados no leite A2, o que significa que ele não oferece benefícios adicionais para pessoas intolerantes à lactose.

Derivados do Leite A2

O setor de laticínios oferece uma ampla variedade de produtos, e o leite A2 não é exceção. No mercado, já é possível encontrar leite de caixinha, queijos, iogurtes e leite em pó fabricados com leite A2. A pecuária leiteira no Brasil desempenha um papel significativo na economia do país, com uma captação de 23,8 bilhões de litros de leite registrada pelo IBGE em 2022. O mercado pecuário leiteiro tem uma tendência de crescimento, uma vez que pessoas sensíveis à fração proteica Beta Caseína A1 podem agora desfrutar de produtos lácteos sem desconforto ou reações alérgicas. Para empreendedores que desejam inovar no setor de laticínios, o leite A2 representa uma oportunidade promissora, oferecendo a possibilidade de atrair novos consumidores e revolucionar o mercado. A Minas Lácteos Assessoria está pronta para auxiliá-lo na captação de novos clientes, na identificação de nichos de mercado e no desenvolvimento de produtos voltados para o leite A2.

Já Provou Leite A2?

O mercado de laticínios está em constante evolução, moldado por tendências em constante mutação. Na Minas Lácteos Assessoria, estamos prontos para guiá-lo nesse cenário dinâmico. Desde a adaptação do seu negócio às mudanças do mercado até a criação de uma identidade única para a sua empresa e a promoção de novas abordagens em seus empreendimentos, estamos comprometidos em acreditar em você e fornecer o apoio necessário.

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Escrito por: Laysha Campos.

Revisado por: Hysrael Rodrigues.

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