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Introdução
Com suas propriedades nutricionais distintas e grande versatilidade, o leite se estabeleceu um dos alimentos mais consumidos globalmente. No entanto, devido à sua rica composição em nutrientes e a seus fatores intrínsecos, o leite torna-se um excelente meio de crescimento para muitos microrganismos. A contaminação do leite, nas diversas etapas de sua obtenção, é a principal causa da perda de qualidade, afetando a produção de derivados e trazendo prejuízos aos produtores e à indústria.
Adoção das Boas Práticas Agropecuárias (BPA)
As indústrias de laticínios possuem grande interesse em produtores que fornecem uma matéria-prima de melhor qualidade visto que, um leite de boa qualidade provê derivados lácteos também de boa qualidade. Pretendendo haver produtos de qualidade, é importante a adoção das Boas Práticas Agropecuárias (BPA) nas propriedades leiteiras.
A Instrução Normativa n.º 77 do MAPA estabelece as Boas Práticas Agropecuárias como um conjunto de atividades, procedimentos e ações na propriedade rural, visando assegurar a qualidade e segurança do leite ao consumidor. Essas práticas abrangem desde a organização da propriedade e suas instalações até a capacitação dos responsáveis pelas tarefas diárias. Para isso, é essencial garantir uma ordenha precisa e sem prejudicar as vacas, manter padrões de higiene elevados e garantir o correto armazenamento pós-ordenha.
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Impacto da Qualidade do Leite na Produção de Derivados Lácteos
A qualidade e a composição do leite cru exercem uma influência direta nas características sensoriais dos produtos lácteos resultantes, assim como na eficiência da produção e na segurança do produto final para os consumidores. É importante ressaltar que nenhuma fase posterior do processamento tem a capacidade de compensar deficiências na matéria-prima inicial. Portanto, a etapa de obtenção do leite se configura como um pilar fundamental dentro da cadeia de produção de laticínios.
Nos laboratórios dos laticínios, análises rotineiras são conduzidas para avaliar a composição centesimal do leite, uma vez que o teor de gordura e proteína apresentam uma influência direta no rendimento dos derivados, tais como leite em pó, manteiga, queijos e creme de leite. A variação nas proporções desses componentes é resultado de diversos fatores, incluindo a raça dos animais, a estação do ano, a fase de lactação e, notavelmente, a qualidade nutricional do rebanho.
Para ilustrar a interconexão entre a qualidade da matéria-prima e a qualidade do produto final, podemos examinar o caso do leite pasteurizado. Enquanto no Brasil a validade média desse produto é de 3 a 5 dias, nos Estados Unidos, ela pode se estender até 21 dias. Essa discrepância evidencia desafios enfrentados pelos produtores brasileiros em cumprir as regulamentações vigentes.
Benefícios dos Programas de Melhoria da Qualidade do Leite
Considerando os aspectos cruciais relacionados à qualidade do leite cru e seu impacto direto na produção de derivados lácteos, é incontestável que programas voltados à melhoria da qualidade do leite conferem benefícios a todas as partes envolvidas. Produtores colhem benefícios como maior competitividade e possibilidade de bonificações. A indústria, por sua vez, pode fabricar produtos de melhor qualidade e com maior vida útil, garantindo produtos diferenciados e permanência da marca no mercado. Finalmente, os consumidores são os grandes beneficiários, desfrutando de produtos seguros e de alta qualidade.
Escrito por: Thalita Martins.
Revisado por: Hysrael Rodrigues.
A Minas Lácteos Assessoria é uma empresa júnior vinculada à Universidade Federal de Viçosa (UFV), especializada em soluções personalizadas para a indústria de laticínios. Realizamos projetos de consultoria abrangendo toda a cadeia láctea oferecendo serviços como desenvolvimento de produtos, treinamento de Boas Práticas de Fabricação, elaboração de rótulos nutricionais e muitos outros. Contamos com professores renomados e infraestrutura de qualidade na UFV. Estamos prontos para ajudar no aprimoramento de produtos e processos, visando o sucesso dos clientes.
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Referências:
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 77, de 26 de novembro de 2018. Estabelece os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 230, p. 10, 30 nov. 2018c.
MARCOS VEIGA SANTOS. Boas práticas de produção associadas à higiene de ordenha e qualidade do leite – Parte 2. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/colunas/marco-veiga-dos-santos/boas-praticas-de-producao-associadas-a-higiene-de-ordenha-e-qualidade-do-leite-parte-2-38919n.aspx>. Acesso em: 22 ago. 2023.
MARCOS VEIGA SANTOS. Higiene de ordenha e qualidade do leite. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/colunas/marco-veiga-dos-santos/higiene-de-ordenha-e-qualidade-do-leite-51892n.aspx>. Acesso em: 22 ago. 2023.
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