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As caseínas correspondem a aproximadamente 80% das proteínas do leite bovino, sendo elas subdivididas em quatro grupos: αs1, αs2, β e κ-caseína, sendo a β-caseína a segunda mais abundante no leite de vaca, constituindo até 45% das caseínas totais. O leite A2 é produzido por vacas com genótipo A2A2 para a β-caseína. 

A β-caseína possui 209 aminoácidos, um aminoácido específico na posição 67 é o fator que difere o leite A1 do leite A2. De acordo com a genética das vacas, as que possuem genótipo A1A1 e A1A2 possui a variante β-caseína A1, com uma molécula de histidina ligada, dando origem ao leite tipo A1 e vacas com genótipo A2A2 possuem a variante β-caseína A2, que é ligada à prolina, que dá origem ao leite do tipo A2. Essa modificação na sequência dos aminoácidos e a produção do aminoácido histidina no alelo A1, a decorrência da quebra da proteína por enzimas pode causar a liberação de uma sequência de aminoácidos nomeados beta-casomorfina-7 (BCM-7).

Segundo pesquisas a BCM-7 é um peptídeo bioativo com propriedades opióides que pode aumentar o risco da ocorrência de doenças crônicas, doença cardíaca isquêmica humana; arteriosclerose, diabetes tipo 1, síndrome da morte súbita do lactente e desconfortos no sistema gastrointestinal (Sokolov et al., 2005; De Noni & Cattaneo, 2010). Atualmente, observa-se um aumento significativos de pessoas que são sensíveis ao leite A1, esse fator pode ser explicado pelo fato de a concentração de BCM-7 no leite A1 ser 4x maior do que no leite A2, isso acontece por que a clivagem da proteína pelas enzimas proteolíticas é mais eficaz na presença da histidina, liberando maior quantidade de BCM-7 no leite.

Embora o leite A2 ainda não seja regulamentado pela legislação brasileira, é possível a aquisição de uma certificado nacional especial, isso é possível através de provas que atestem que o produto é genuíno de vacas com genes A2A2. Para conseguir essa certificação é necessário que o produtor ou a indústria cumpra alguns pré-requisitos estipulados através de estudos.

Para a produção do leite A2 é necessário o investimento em melhoramento genético, através do mapeamento por uma amostra de sangue ou pêlo. A amostra é enviada para um laboratório que pode identificar se o animal é capaz de produzir o leite A2. Essas vacas são separadas das demais e é feita uma inseminação artificial com genes de touros de genótipo A2A2, criando um rebanho de vacas A2A2.

Visto que os benefícios do leite proveniente de vacas com genótipo a2a2 ainda não estão completamente comprovados acredita-se que o leite A2 é capaz de reduzir o colesterol no soro, diminuir a concentração de lipídeos de baixa densidade, prevenir doenças vasculares, além de aumentar o teor de proteína e o rendimento do leite produzido, em comparação com o leite provindo de vacas com alelo A1. Além disso, apresenta maior digestibilidade devido à ausência de componentes relacionados ao desenvolvimento de alergias e outras doenças.

 

Referências:

CRUZ, Adriano. Leite A2: o ouro branco pouco explorado no mercado nacional. MilkPoint, 22, Junho, 2021. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/colunas/adriano-gomes-da-cruz/leite-a2-o-ouro-branco-pouco-explorado-no-mercado-nacional-226033>

MARIANO, Elizangela; VIDAL, Ana Maria. Entendendo o que é Leite A2. MilkPoint. 10 de Agosto de 2021. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/entendendo-o-que-e-o-leite-a2-226736>

RIBEIRO, Cláudia. Leite A2: o que é? Como descobrir se seu rebanho produz? Todos podem tomar?. Prodap, 09, Março, 2021. Disponível em: <https://www.revistaleiteintegral.com.br/noticia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-leite-a2>

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